quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

TRANSPARÊNCIA


Pois,
Enfatizo que as razões de todas as dúvidas é justamente a falta de informações.
Existem centenas de investimentos na Internet, que são pirâmides, e os incautos caem como patos.
Os slides, as fotos, as contas bancárias, mostradas em vídeos atraem enxames de asnos.
Assim o visual engana as realidades escondidas nas falcatruas.
Em 2002 eu já vislumbrava a decadência do Aerus.
Ainda corre na justiça um processo civil do antigo diretor, por ofensas via internet.
Ele quer tirar-me o único bem que me resta, minha casa.
Sequer, quisera saber que gosto teve os pães amassados pelo diabo que provei e alimentei minha família.
Minha luta teve poucos adeptos.
Todos endeusavam os diretores da VARIG, eram seus crepúsculos de ídolos.
Veio a Intervenção.
Associações e sindicatos realizavam palestras com diretores do Aerus inócuas, onde mentiam descaradamente.
Apresentavam planilhas, cálculos e slides de incompreendidas razões aos leigos.
Em 2006 veio o tombo.
A maioria desesperou-se, e começaram mobilizações em 2011, cinco fatídicos anos depois.
A antecipação de tutela chegou, e vários políticos e sindicalistas aproveitaram-se do momento para alegar suas paternidades.
Todos sabemos que a paternidade é do sistema jurídico.
A falta de transparência continua.
Ninguém nos dá informações alguma.
Falam de acordos, não nos mostram o acordo.
Aliás houveram diversos, sem nos mostrarem seus conteúdos, eram notícias alvissareiras de políticos e sindicalistas, que nada tinham a ver com o instituto.
Qual foi o acordo que fizeram?
Não sabemos.
Os gritos no silêncio de alguns participantes não valem nada, no escondido das atitudes daqueles que nos representam.
Reclamam, mas jamais vi alguém perguntar qual seus conteúdos.
Aqui não se trata do que é meu, ninguém tasca, eu decido.
Trata-se de o que é nosso, nós decidimos.
Jamais o sindicato fez uma convocação de assembleia para escolhermos um representante.
Poderia ser uma associação, a Aprus, ou talvez uma comissão eleita.
Eu pergunto o que tem a FENTAC com os nosso problemas?
O AERUS não é uma ação trabalhista.O sindicato ao promover a AÇÃO CIVIL PÚBLICA, nada mais fez do que sua obrigação constitucional.
É obrigação do sindicato defender os direitos de seus associados, em ações trabalhistas ou coletivas de interesses de partes sindicais.
A toda ação sempre haverá um reação.
Jamais podemos colocar interesses individuais acima dos coletivos.
Certa vez perguntaram ao falecido douto doutor Enéas, qual a finalidade da vida?
Ele respondeu que era o respeito ao próximo, sem coletividade ninguém vive, vegeta.
Muita gente chora suas privações, esquecendo que quase todos vivenciaram essa privações.
Esquecem que muitos morreram durante, e muito hão de morrer antes do final delas.
Não é agouro, é realidade.
Precisamos de transparências.
Evitar mal ditos, falsas informações e unirmo-nos como um feixe de varas.
A vara sozinha é facilmente quebrada.
As ações individuais, só prejudicam o próprio indivíduo.
Não foi a invasão do AERUS, que fortaleceu a decisão do TRF1, juízes não julgam causas por pena, caridade e indolências.
Juízes honestos julgam o que é justo.

"increscunt animi, virescit volnere virtus" 
"O espírito de luta é incentivado pelo poder das feridas"
Essa frase é do prefácio do livro de Nietzsche " O crepúsculo dos ídolos", permitam me colocar uma pequena parte.

Conservar a sua serenidade frente a algo sombrio, que requer responsabilidade além de toda medida, não é algo que exige pouca habilidade: e, no entanto, o que seria mais necessário do que a serenidade?
Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí tome parte. Somente um excedente de força é demonstração de força. - Uma transvaloração de todos os valores, este ponto de interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega até mesmo a lançar sombras sobre quem o instaura - um tal destino de tarefa nos obriga a todo instante a correr para o sol, a sacudir de nós mesmos uma seriedade que se tomou pesada, por demais pesada. Qualquer meio para tanto é correto, qualquer "caso", um golpe de sorte.
Sobretudo a guerra. A guerra sempre foi a grande prudência de todos os espíritos que se tornaram por demais ensimesmados, por demais profundos; a força curadora está no próprio ferimento. Uma sentença, cuja origem mantenho oculta frente à curiosidade douta, tem sido há muito meu lema:
"increscunt animi, virescit volnere virtus."
Uma outra convalescença, que sob certas circunstâncias é para mim ainda mais desejável, consiste
em auscultar os ídolos... Há mais ídolos do que realidades no mundo: este é o meu "mau olhado" em relação a esse mundo, bem como meu "mau ouvido"... Há que se colocar aqui ao menos uma vez questões com o martelo, e, talvez, escutar como resposta aquele célebre som oco, que fala de vísceras intumescidas - que encanto para aquele que possui orelhas por detrás das orelhas! - para mim, velho psicólogo e caçador de ratos que precisa fazer falar em voz alta exatamente o que gostaria de permanecer em silêncio...
Também este escrito - o título o denuncia - é antes de tudo um repouso, um feixe de luz solar, uma
escorregadela para o seio do ócio de um psicólogo. Talvez mesmo uma nova guerra? E novos ídolos são auscultados?... Este pequeno escrito é uma grande declaração de guerra; e no que concerne à ausculta dos ídolos, é importante ressaltar que os que estão em jogo, os que são aqui tocados com o martelo como com um diapasão, não são os ídolos em voga, mas os eternos; - em última análise, não há de forma alguma ídolos mais antigos, mais convencidos, mais insuflados... Também não há de forma alguma ídolos mais ocos... Isto não impede, que eles sejam aqueles em que mais se acredita; diz-se também, sobretudo no caso mais nobre, : que eles não são de modo algum ídolos...
Turim, 30 de setembro de 1888, no dia em que chegou ao fim o primeiro livro da Transvaloração de todos os valores.
Friedrich Nietzsche

Para finalizar sugiro a leitura.
Bom dia
Fui.
link para o livro:
https://veele.files.wordpress.com/2010/02/crepusculo-dos-idolos.pdf



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