quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Extremista de Direita, Com muito orgulho!!


Cansei de ser chamado de direitista, num tom nada amistoso, a cada manifestação em defesa da livre iniciativa, do direito à propriedade privada, da diminuição do tamanho do Estado, da diminuição de impostos e da democracia política. Isto porque no Brasil ser de direita é como se fosse uma chaga: um sujeito, no mínimo, egoísta, retrógrado, conservador, autoritário, com alta taxa de insensibilidade para com os problemas sociais. Enfim, uma pessoa condenada ao fogo do inferno.

Em contrapartida, ser esquerdista é sinônimo de altruísta, progressista, humanista , com alta taxa de sensibilidade social, e, com todo charme do mundo . Não é sem razão que os partidos políticos jamais se definem como de direita. Preferem ser de esquerda ou, no mínimo, de centro-esquerda.

À grosso modo, esquerdistas seriam aqueles para quem o capitalismo é um grande gerador de injustiças, e somente através da intervenção ou da apropriação do Estado na economia, seria possível se promoção a justiça social. E os direitistas Bem, estes seriam todos os demais que não se enquadrassem naquilo que os teóricos de esquerda pensam sobre si. Aí incluídos, desde liberais autênticos, democratas sinceros, até obscurantistas de toda sorte, defensores de regimes ditatoriais e adeptos de nacionalismos extremados.

A verdade é que nestas últimas décadas a direita foi tão estigmatizada pela esquerda, que fica difícil delimitar o seu campo, de acordo com os valores que ela defende.

Se tomarmos como valores fundamentais a defesa intransigente do liberalismo econômico e da democracia política, como os delimitadores deste campo, não tenho por que me envergonhar de ser rotulado de direitista.

Se nestes valores estiver incluída a negação da democracia em nome da liberdade econômica, por favor, me excluam deste time. A esquerda joga tudo no mesmo balaio, e considera, por exemplo, Winston Churchill , Hitler, Margareth Tratcher e Pinochet como membros de um mesmo time. Para mim, Hitler tem muito mais em comum com Stálin, um ícone da esquerda, do que com Churchill. Mas a esquerda não pensa assim.

Como se pode ver, esta dicotomia esquerda X direita é, na maioria das vezes, simplificadora e enganosa, pois restringe uma ampla e contraditória gama de valores e de idéias que envolvem uma discussão deste nível a uma briga entre dois campos opostos.

Mas esta simplificação interessa ao proselitismo da esquerda, que desta forma foge do debate no que é essencial, e estigmatiza aqueles que conseguem se contrapor com argumentos lúcidos os seus dogmas e esquemas ultrapassados.

Portanto, considero como valores fundamentais a democracia política e a liberdade econômica. Defendo que o Estado é um mal necessário, e que por causa disto deve ter atuação restrita , porém eficiente, nos setores onde a iniciativa privada tem interesse restrito. Defendo intransigentemente estes valores. Assim como não admito que em nome da liberdade econômica haja cerceamento da liberdade política, também me coloco contra quaisquer formas de restrição da liberdade econômica em nome de um suposto e improvável bem estar coletivo.A propósito, considero que a melhoria dos padrões sociais virá como conseqüência natural da melhoria dos padrões econômicos, conjugado com políticas governamentais efetivas- e não meramente paliativas e assistencialistas principalmente no campo da educação.

Isto é ser de direita?

Que então seja.

Mas fique bem claro que no campo das idéias me considero a uma distância anos-luz tanto de Lula e José Dirceu quanto de Jair Bolsonaro e Enéas Carneiro.

Um comentário:

Principe Encantado disse...

Olá amiga vim lhe visitar e lhe deixar estas palavras:
Do mesmo modo que no início da primavera todas as folhas têm a mesma cor e quase a mesma forma, nós também, na nossa tenra infância, somos todos semelhantes e, portanto, perfeitamente harmonizados.
Abraços forte